projeto bolsa mágica

PROJETO A BOLSA MÁGICA

1 – APRESENTAÇÃO / JUSTIFICATIVA

Uma “bolsa” é um objeto muito útil, necessário e geralmente não conseguimos nos separar dela, porque dentro tem tudo que precisamos. E quando essa bolsa é mágica? A idéia é justamente despertar a curiosidade das crianças para o conteúdo,  que é um kit literário, composto de livros e objetos. O segredo da bolsa estará em cada um de nós ( professores, alunos pais, comunidade)  e na forma como vamos apresentar esse kit, que despertará , ou não, na criança o desejo de aprender. O desafio é fazer com que as crianças se  sintam motivadas a descobrirem um tesouro de letras contido na  bolsa mágica que as fará desvendar o mundo da leitura e da escrita . Através da imaginação a criança será capaz de compreender o mundo a sua volta.

Duração: 05 meses.

2 – OBJETIVO

GERAL: Viajar através da leitura e da escrita, com a parceria família / escola, onde cada um seja mediador do processo.

3 – Específicos:

- Sensibilizar os pais e / ou responsáveis para a leitura e a escrita das crianças.

- Responsabilizar a criança / e a família pela “bolsa mágica”.

- Acompanhar o desenvolvimento do processo de leitura e escrita.

- Criar espaços de leitura na escola e na família.

- incentivar o hábito da leitura.

- Desenvolver a oralidade.

4 – METODOLOGIA

Inicialmente apresentar a “bolsa” de forma mágica, para os alunos e para os pais de forma que envolva a todos e que os motive para a curiosidade de conhecer o conteúdo da bolsa e o mais importante, que todos acreditem inclusive o “professor” que o que está dentro da bolsa é muito importante para despertar o gosto pela leitura e pela escrita e que isso é responsabilidade de todos.

Conteúdo da bolsa: livros paradidáticos, textos, fantoche, um companheiro para a criança, um mascote, por exemplo, um caderno para produção de textos feita pelas crianças e também pelos pais.

O conteúdo dependerá do objetivo: por exemplo; pode conter espelho, boneca, carro bola.

A bolsa mágica viajará de casa em casa, seguindo alguns critérios que o professor poderá estabelecer: crianças com dificuldades de leitura, sorteios, crianças mais cuidadosas e participativas em leitura etc.

O importante é que a bolsa mágica “viaje” e consiga envolver a todos na leitura e na escrita.

CONTEÚDOS

SUGESTÕES DE ATIVIDADES:

1 – Leitura de contos, fábulas, poemas de livros (sugerimos que vá um livro de cada vez) e textos colados em cartolina na sala de aula.

2 – Contação de histórias pela criança do livro ou dos contos da bolsa mágica, utilizando o fantoche, ou objeto em sala de aula.

3 – Leitura dos textos do caderno de produção da bolsa mágica.

4 – Depoimento dos pais e das crianças escritos/ou oral nas aulas ou em reuniões.

5  – Produção de textos no caderno: escritos, desenhos, colagens etc.

AVALIAÇÃO:

Encontro bimestral com as famílias nas reuniões de pais, ou em reuniões por sala, através de relatos, exposições de materiais, leitura das produções dos alunos no caderno.

CONSIDERAÇÕES:

A magia está nas atitudes de cada um de nós, assim como um chapéu que era vermelho pode de repente ficar amarelo devido ao medo da menina do personagem lobo mau, uma bolsa mágica poderá conter tudo que a criança sonhar, o importante é  despertar a imaginação, a fantasia. O desejo de conhecer a bolsa. Para adentrar no mundo da leitura e da escrita, a criança precisa acreditar que é possível, que é interessante, ela precisa acreditar nela mesma, que ela não precisa ler convencionalmente. Por exemplo,  para apreciar um livro, que ela também poderá inventar uma história igual a ou mais bonita… o conteúdo da bolsa dependerá de cada um de nós. “O essencial é invisível para os olhos” (Saint- Exupérry ). Segundo Emília Ferreiro “se aprende a ler e escrever escrevendo”, isso significa que a escola precisa criar um ambiente letrado, pois na maioria não tem em casa. O interessante é que a bolsa mágica viajará até a casa do aluno e lá poderá espalhar sua magia por toda a casa.

Paulo Freire dizia que antes de aprender a ler e escrever, o educando precisa ler o mundo, e só se ler o mundo se tiver imaginação e curiosidade e a escola tem a enorme responsabilidade de despertar em cada criança o desejo de aprender.

 BIBLIOGRAFIA:

FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler. 22ed: São Paulo; Cortez. 1988.

FERREIRO, Emília, TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes